Mulheres 50+: 'Sexo não é mais performance, é qualidade', diz especialista

  • 10/05/2025
(Foto: Reprodução)
Dados mostram que Brasil está mais envelhecido e mais feminino. Em Brasília, encontro debateu mitos e estereótipos sobre 'mulheres maduras'. Roda de conversa celebra a maturidade da mulher e aborda ferramentas para viver essa fase da melhor forma Brasília Shopping/Divulgação A jornada para a maturidade feminina é repleta de desafios. As mulheres enfrentam estereótipos de gênero, equilibram responsabilidades profissionais e pessoais e, ao ultrapassar a marca dos 50 anos de idade, lidam com mudanças físicas e emocionais ainda mais profundas. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Um dos reflexos disso está na vida sexual, diz a psicóloga especialista em terapia sexual e educação em sexualidade Ana Canosa. Segundo ela, é preciso derrubar mitos e tratar o sexo não mais como performance. "O maior benefício talvez seja a liberdade de não estar mais presa à ideia de performance. A maturidade nos permite focar na qualidade do encontro, e não na frequência", diz a terapeuta. População envelhecida e feminina. Como fica a sexualidade❓ Segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Brasil está mais envelhecido e mais feminino: As mulheres são 51,5% dos 203 milhões de brasileiros; A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022); Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso; Foi o maior salto de envelhecimento entre dois censos desde 1940. Palco para conversas sobre maturidade feminina, a 4ª edição, do evento Happy Aigng, do Brasília Shopping, abraçou o tema "Mulher Hoje, Mulher Sempre". Durante a quarta (8) e a quinta-feira (9), especialistas abordaram assuntos que fazem parte do cotidiano da mulher madura contemporânea. Ana Canosa, uma das convidadas, falou sobre a importância da comunicação ao explorar a sexualidade na maturidade. A terapeuta explica que como o corpo muda, a resposta sexual também muda – e alerta que é importante conversar sobre o assunto para entender o que é fisiológico, o que é emocional, o que vem dos afetos. "A relação sexual deixa de ser uma obrigação para ser um prazer real, mais conectado, mais presente. A maturidade traz essa possibilidade de viver o sexo de forma mais plena, sem pressa, sem cobrança", diz Ana Canosa. Segunda a especialista, há muitos mitos sobre como a sexualidade passa a ser na maturidade, entre eles: A ideia de que a menopausa marca o fim da vida sexual da mulher A ideia que um corpo mais velho não pode mais ser erotizado — "O que é absolutamente falso", afirma. "Existe o mito de que, se o homem começa a perder ereção, a vida sexual está encerrada. Mas a sexualidade não se resume à penetração. Há ainda uma visão ultrapassada de que o lugar do idoso é em casa cuidando dos netos. Talvez esse seja o maior mito de todos: o de que o desejo tem prazo de validade. E não tem", diz a sexóloga. Maturidade e autoestima Claudia Ohana faz protesto contra etarismo: 'Nós não estamos velhas aos 62' Segundo Ana Canosa, há dois aspectos principais quando se fala em maturidade e autoestima das mulheres – o primeiro é estético. "Vivemos em uma sociedade que associa juventude à sensualidade — como se o desejo fosse privilégio exclusivo dos mais jovens. Com isso, muitas mulheres maduras passam a se sentir envergonhadas com o próprio corpo, acreditando que já não são bonitas ou desejáveis. Essa percepção pode limitar a liberdade de viver a própria sexualidade", diz a psicóloga. "O corpo muda, sim, e ainda bem — isso é sinal de vida. A beleza existe em todas as fases", afirma Canosa. O segundo aspecto é fisiológico, relacionado à menopausa. "A resposta sexual se torna diferente: há mais dificuldade para alcançar o orgasmo, para a excitação. É aí que a medicina pode ser uma grande aliada. Lubrificantes, vibradores e tratamentos médicos e estéticos contribuem muito para o bem-estar sexual", diz a especialista. 👩‍🦳Envelhecer com leveza Para muitas pessoas, a idade não passa de um número, apesar do preconceito relacionado à idade -- o etarismo -- ser uma forma de discriminação que afeta muitas mulheres em diferentes aspectos da vida. Em março, a atriz Claudia Ohana, que completou 62 anos em fevereiro, caminhou pela Avenida Paulista, em São Paulo, carregando um cartaz com uma mensagem que dizia: "Nós não estamos velhas aos 62." Após publicar o vídeo nas redes sociais, ela recebeu o apoio dos seguidores. "Idade é apenas um número, estou no mesmo bloco que você, Cláudia Maravilhosa!", comentou uma internauta. "Motivação para as mulheres! Infelizmente no Brasil, o preconceito com a idade é muito forte", escreveu outra. "Amei, até repostei. Tenho 69 e não estou velha", postou outra. LEIA TAMBÉM: 'MULHERES SÃO SOTERRADAS POR MENSAGENS TÓXICAS', diz escritora sobre envelhecimento feminino IGREJA: Por que mulheres ainda não podem escolher um papa ou ter cargos de liderança na Igreja Católica Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/05/10/mulheres-50-sexo-nao-e-mais-performance-e-qualidade-diz-especialista.ghtml


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