Agressão em elevador: delegado do DF volta atrás e, agora, diz não descartar tentativa de feminicídio

  • 12/08/2025
(Foto: Reprodução)
Homem gravado espancando mulher no elevador é indiciado por furto de energia A Polícia Civil do Distrito Federal afirmou nesta terça-feira (12) que ainda não pode descartar o indiciamento por tentativa de feminicídio de Cléber Lúcio Borges, de 55 anos – acusado, até o momento, por lesão corporal contra a esposa. Cléber foi flagrado por câmeras de segurança agredindo a mulher, de 34 anos, em um elevador no condomínio do casal. Na sexta-feira (8), o delegado Marcos Loures afirmou ao g1 que o enquadramento como tentativa de feminicídio era uma hipótese descartada. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Procurado novamente nesta terça (12), o delegado adotou outro posicionamento. "Eu mantenho por ora o indiciamento [como lesão corporal]. Eu só não posso é descartar o indiciamento por feminicídio tentado, antes de receber o laudo do IML e a conclusão das investigações, lembrando que a palavra final cabe ao Ministério Público, titular da ação penal", disse o delegado. Homem espanca mulher com dezenas de socos e cotoveladas em elevador no DF A vítima das agressões passou cinco dias internada em um hospital particular, em razão das agressões e da medicação que tomou em seguida. Ela recebeu alta médica, mas foi encaminhada pela família para um hospital psiquiátrico, onde seguia internada até esta terça e sem previsão de alta. LEIA TAMBÉM: Mãe de mulher espancada no DF a encontrou sedada no hospital: 'Achei que não voltava mais' Homem que espancou esposa em elevador no DF é indiciado por 'gato' de energia em depósito Prontuário médico ainda não foi entregue O crime foi enquadrado na Lei Maria da Penha, que prevê medidas de proteção e punições para casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. A vítima foi ouvida de forma "informal" no hospital. Ela confirmou as agressões, mas disse que não queria medidas protetivas. Nesse tipo de situação, a lei determina que a ação penal seja pública incondicionada — ou seja, mesmo que a vítima não registre denúncia formal, o processo segue normalmente (saiba mais abaixo). O prontuário médico, que deve detalhar exames e possíveis fraturas, foi solicitado para avaliar a gravidade das lesões. "A polícia, a Justiça, o Ministério Público vão agir independentemente da vontade da vítima. Para quê? Para garantir a segurança e preservar a vida dessa mulher", disse o delegado. Proteção da vítima Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que processos ligados à Lei Maria da Penha não dependem da vontade da vítima. A delegada Karen Langkammer, diretora da Divisão Integrada de Atendimento à Mulher (DIAM), explica que nem sempre a gravidade da agressão é visível no primeiro momento. “Uma lesão corporal, a partir do aprofundamento da investigação, pode revelar todos os elementos para o enquadramento como tentativa de feminicídio, mesmo sem a manifestação da vítima. Isso ocorre porque a lei protege a vida e a integridade da mulher”, afirma. O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) informou que ainda não houve pedido de medida protetiva porque, inicialmente, a vítima estava internada e o agressor, preso. O órgão afirma que o caso seguirá sendo monitorada para reavaliação. De acordo com a Lei Maria da Penha, o juiz pode conceder medidas protetivas de urgência a pedido do Ministério Público ou mesmo de ofício, ou seja, sem solicitação da vítima. Cotoveladas e socos Cleber Lúcio Borges, de 55 anos, agrediu a companheira dentro de elevador no Guará reprodução A agressão aconteceu no último dia 1º em um condomínio no Guará. A vítima chama o elevador e, quando as portas se abrem, é surpreendida pelo companheiro – que já aparece dando um soco. Dentro do elevador, as agressões continuam. A mulher leva mais socos e cai no chão. Depois, se levanta e tenta reagir, dando tapas no companheiro. Em resposta, leva mais socos e cotoveladas. A cena dura quase quatro minutos. Quando as portas do elevador se abrem novamente, o homem sai — e a mulher, ainda caída, aperta os botões de outro andar. Cléber Lúcio é empresário do ramo de móveis e tem empresas no Distrito Federal e em Goiás. Ele foi preso nesta semana, tanto pela agressão quanto por manter armas e munição em casa sem autorização. Em nota, a defesa de Cléber Lúcio afirmou que vai se manifestar na Justiça, no decorrer do processo e que o caso ainda está em apuração. Linha do tempo após a agressão Domingo (3): a mãe da vítima denunciou a agressão à Polícia Civil. Quarta-feira (6): Cleber Lúcio Borges foi preso no apartamento onde vivia com a vítima. Policiais encontraram 2 armas de fogo sem registro e mais de 500 munições para diferentes calibres. Quarta-feira (6): Ministério Público do DF (MPDFT) e o Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) pediram o prontuário ao hospital com informações sobre exames, laudos e procedimentos realizados no atendimento da vítima. Quinta-feira (7): Cleber Lúcio Borges fica em silêncio durante depoimento e é levado para o Complexo Penitenciário da Papuda. Homem cumpre prisão preventiva. O que diz o agressor Leia abaixo a nota enviada à TV Globo pelo advogado Thyago Batista Ribeiro, que atua na defesa de Cléber Lúcio: "O corpo jurídico responsável pela defesa técnica do indiciado, informa que as medidas judiciais cabíveis já foram tomadas, inclusive para restabelecer a liberdade do indiciado, e no momento, o pedido está pendente de análise por parte do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Declara que não houve o oferecimento de qualquer denúncia em desfavor do indiciado, aguardando o trâmite dos possíveis desdobramentos, mas conforme já esclarecido, acredita na mais inteira realização da justiça, sendo o indiciado o maior interessado para elucidação dos fatos." Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/08/13/agressao-em-elevador-delegado-do-df-volta-atras-e-agora-diz-nao-descartar-tentativa-de-feminicidio.ghtml


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